sexta-feira, 27 de julho de 2012

Bolero

Não me queira em paz
Só me deixe a sós com meu cigarro
Calado
Não me olhes mais
Com este teu olhar de desagravo
De lado

Não diga que não
Não jure que vem
Não peça um tostão
Não pague um vintém

Esse bolero é pra te ver calada
Agora...

Não se jogue fora
Do último andar
Não mande cartas sentidas
Não se arrependa
Nem peça desculpas extremadas
Doídas

Não diga que não
Não jure que vem
Não peça um tostão
Não pague um vintém

Esse bolero é pra te ver calada
Agora...

Não me queira mal
Me queira assim
Como se eu fosse um santo

Não me queira mal
Me queira assim
Como se eu fosse um outro.

Juliano Guerra
Compositor, cronista, contista e poeta. Mora em Canguçu, se dedica atualmente à gravação do seu primeiro disco solo. Segundo ele, a composição acima é letra, "apenas". Para mim, sua composição também é poética. Também causa sensações profundas, pertubações e o que mais a liberdade da poesia proporciona. É um nome que eu, de olhos fechados, indico e tenho um grande prazer de apresentar. Juliano me fez bem de início. E até agora, só tem me surpreendido artisticamente. Para ouvir o poema/canção e o assistir, AQUI vai o link

[postado por Ediane Oliveira]

Um comentário:

Andréia Pires disse...

Lindíssimo. Realmente faz bem. :)