quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Os sonhos

No abrigo do medo
cabe nem um segredo meu
Nenhum sonho pode ser maior
do que eu

No impensável fenecer deste corpo
frutificam desmesuras de pura morte
Da sede de formas de que a morte se queixa
a gente atreve os desaforos de estar vivo

Foge de mim o fim
De medo do que posso ser,
dos milhões de feições que posso ter
quando um querer me desafia a sorte de não chegar

E por querer o fim, o fundo, o farto
a gota d'água,
só o que me faltava,
aceito o dom de ser menor.

Marília Kosby


[postado por Daniel Moreira]

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