quinta-feira, 8 de novembro de 2012

#30

Oi, eu sou seu passado presente no futuro
Sou todos aqueles dias que você preferiu esquecer
Sou todas aquelas eternidades que você ousou prometer

De certa forma, sim
Eu sou você

Oi, eu sou a dor
Sou tudo aquilo que você não pode controlar
Sou quem te faz engolir seco, angustiar

Sou cegueira e luz pra atormentar
Meta de começo de ano que você não cumpriu
Data, pessoa, poema que você esqueceu
Quantidade que você já mentiu
O bilhete que ninguém leu

Sou aquele
Aquele
Aquilo
E aquilo outro.


Máximo Ávila é de Manaus, mas reside em Pelotas. É poeta.

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